Essa é uma daquelas notícias que nos deixa pensando: “Nossa, mas uma atleta, e tão jovem…” E não dá para negar que nos deixa assustados e preocupados, principalmente se já estamos “empurrando com a barriga” alguns sintomas do trato digestivo.
Paula tinha 29 anos e há 8 meses lutava contra um câncer de estômago. O diagnóstico foi feito em setembro de 2022, quando realizava exames de rotina.
Qual a prevalência do câncer de estômago?
Esse tipo de câncer também é conhecido como câncer gástrico, e considerado um dos que ocorrem com mais frequência no Brasil, estando em 6º lugar no ranking dos cânceres mais comuns. Acomete mais comumente pessoas com mais de 60 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Entre os homens, é o 4º tipo com maior incidência e o 6º tipo mais frequente entre as mulheres.
Entre 2023 e 2025, a estimativa é de que surjam 21.480 novos casos da doença no país todos os anos. Desse total, 13.340 em homens e 8.140 em mulheres (Inca).
Quais os sintomas mais comuns do câncer de estômago?
Infelizmente, o câncer de estômago não apresenta sinais específicos. É um câncer que se desenvolve lentamente, praticamente sem dar sintomas nas fases iniciais.
Porém, é possível observar alguns sintomas como falta de apetite, náuseas, vômitos, desconforto abdominal persistente, perda de peso, anemia não explicada e sensação de estômago cheio, por exemplo.
Apesar desses sintomas serem muito comuns em quem tem uma simples gastrite, ou até uma úlcera, que são doenças benignas, deve-se sempre procurar o médico gastroenterologista para investigar. A avaliação do profissional é fundamental para que se tenha o diagnóstico correto.
Outros sinais que podem estar associados ao câncer gástrico são a presença de sangue nas fezes, fezes escurecidas e com odor muito forte. E em casos mais avançados, pode-se também apresentar massa abdominal palpável, aumento do tamanho do fígado, presença de íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo.
Quais os fatores de risco para o câncer de estômago?
Não existe um fator específico. Os fatores mais ligados ao seu desenvolvimento estão relacionados ao estilo de vida não saudável, como sobrepeso, consumo de álcool, de alimentos muito salgados e tabagismo, além de infecções pré-existentes (incluindo por H. pylori). Mas, no caso da atleta, uma das hipóteses prováveis é que a doença tenha sido de origem genética.
Quando procurar o gastroenterologista
Por essa e outras tristes notícias, é que orientamos, independente da idade, a qualquer sinal diferente do seu organismo, procurar o médico e fazer os exames de check-up.