Mas afinal de contas, qual a definição de diarreia?
A definição de diarreia passa pela alteração da consistência das fezes (pastosa, líquida…) OU da frequência das evacuações (mais de 3x ao dia em média), devendo estar presente pelo menos um dos dois pré-requisitos para que o diagnóstico seja feito.
Quais as principais causas de diarreia?
Os casos agudos, com menos de 4 semanas de duração, costumam ser de natureza infecciosa (vírus ou bactérias) ou alguma intoxicação alimentar, com a maioria dos casos resolvendo de forma rápida com terapia de suporte, reservando antibióticos para casos específicos, com febre alta, prostração importante, sangue e muco nas fezes e alterações nos exames de sangue.
Casos crônicos, onde a diarreia é persistente e/ou constante, merecem uma investigação detalhada (exames de sangue, fezes, colonoscopia e endoscopia com biópsias, testes respiratórios, dentre outros), já que existem vários diagnósticos possíveis. A maioria dos casos de diarreia crônica é de natureza funcional, sendo o Intestino Irritável o diagnóstico mais comum. Somente um profissional experiente e capacitado é capaz de fazer a investigação e diagnóstico adequados, excluindo doenças e condições específicas que também causam diarreia crônica, como uso de medicamentos, intolerâncias alimentares, Doença Celíaca, Colite Microscópica, Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn.
Quando devo me preocupar?
A presença dos chamados “sinais de alarme” deve ser investigada prontamente, pois podem estar relacionadas a doenças mais sérias. Os principais sinais de alarme são:
- Febre
- Sangue e muco (catarro) nas fezes
- Perda de peso
- Diarreia noturna (acorda o paciente à noite!)
- Massa palpável no abdome
- Anemia
- Outras deficiências nutricionais (ferro, vitamina B12, vitamina D)
- Provas inflamatórias elevadas (PCR, Calprotectina)
Se você apresenta algum desses sinais ou sintomas, procure um Gastro para uma investigação detalhada e tratamento preciso! Não deixe sua saúde intestinal de lado!
Quais são as complicações mais comuns da diarreia?
Em casos de diarreia prolongada ou não tratada adequadamente, algumas complicações podem surgir. A desidratação é a mais comum, já que o corpo perde uma quantidade significativa de líquidos e eletrólitos. Isso pode levar a um quadro de desequilíbrio, causando fraqueza, tontura, e em casos mais graves, falência renal. Outro risco associado é a síndrome do intestino irritável, que pode se agravar com episódios frequentes de diarreia. O tratamento precoce e a reidratação adequada são essenciais para evitar tais complicações.
Como a alimentação pode ajudar a controlar a diarreia?
A alimentação desempenha um papel fundamental no controle da diarreia. Durante um episódio agudo, é recomendada uma dieta leve, de fácil digestão, como arroz, bananas, torradas e maçãs cozidas, para ajudar a firmar as fezes. Evitar alimentos gordurosos, condimentados ou ricos em fibra insolúvel, como vegetais crus, pode prevenir o agravamento dos sintomas. Além disso, a ingestão de líquidos como água, soluções de reidratação oral e caldos pode auxiliar na reposição dos nutrientes e líquidos perdidos.
O impacto emocional da diarreia crônica
Ela ão afeta apenas o corpo, mas também a saúde mental do paciente. O desconforto constante e a imprevisibilidade dos episódios podem levar a ansiedade, estresse e até mesmo depressão. A preocupação com o momento da evacuação pode afetar a qualidade de vida, causando afastamento social e dificuldades no trabalho e nos relacionamentos. Portanto, além do tratamento físico, é importante que os pacientes com diarreia crônica recebam apoio psicológico para lidar com o impacto emocional dessa condição.
Como prevenir a diarreia?
Envolve medidas simples, mas eficazes. Manter uma boa higiene, lavando bem as mãos antes de comer e após usar o banheiro, é fundamental para evitar infecções bacterianas e virais. Além disso, adotar uma alimentação equilibrada, rica em fibras e evitando alimentos que possam irritar o sistema digestivo, contribui para a saúde intestinal. É importante também evitar o consumo excessivo de alimentos gordurosos, cafeína e bebidas alcoólicas, que podem agravar quadros de diarreia, e beber água de fontes seguras para evitar contaminações.
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